Os jornalistas que praticam a propaganda de guerra devem ser responsabilizados
por Thierry Meyssan
Do: Voltairenet.org, em 14/08/2011
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por Thierry Meyssan
Do: Voltairenet.org, em 14/08/2011
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A guerra de propaganda entrou numa nova fase com a ação coordenada de cadeias e canais de televisão por satélite. CNN, France24, BBC e Al Jazeera se tornaram instrumentos de intoxicação para demonizar os governos e justificar as agressões armadas. Estas práticas são ilegais no direito internacional e a impunidade dos seus autores deve cessar.
O tratamento atual de informações sobre a Líbia e a Síria marca um ponto de viragem na história da propaganda de guerra na medida em que utiliza os novos meios de comunicação que tomaram a opinião pública internacional de surpresa.
Quatro potências, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e o Qatar, uniram seus meios técnicos para intoxicar a “comunidade internacional“. Eles são principalmente as cadeias de televisão CNN (propriedade privada que age em coordenação com a unidade de guerra psicológica do Pentágono), France24, BBC e Al Jazeera.
Estes meios são usados para atribuir falsamente aos governos da Líbia e da Síria crimes que não cometeram, e para encobrir os crimes cometidos pelos serviços secretos das potências acima mencionadas e pela OTAN.
Lembramo-nos do precedente em menor escala de 2002. A Globovisión transmitiu ao vivo as imagens de uma “revolução popular” expulsando o presidente eleito Hugo Chávez e as imagens de militantes chavistas atirando contra os manifestantes da oposição e matando-os. Esta encenação permitiu mascarar um golpe de estado militar orquestrado a partir de Washington com a ajuda de Madrid. No entanto, depois que um autêntico levante popular pôs fim ao golpe e restabeleceu o presidente eleito, as investigações jornalísticas e judiciárias demonstraram que a revolução filmada por Globovisión não era mais do que uma trucagem visual, e que jamais os chavistas atiraram contra a multidão, mas que eles foram ao contrário vítimas de franco-atiradores armados pela CIA.
A guerra de propaganda entrou numa nova fase com a ação coordenada de cadeias e canais de televisão por satélite. CNN, France24, BBC e Al Jazeera se tornaram instrumentos de intoxicação para demonizar os governos e justificar as agressões armadas. Estas práticas são ilegais no direito internacional e a impunidade dos seus autores deve cessar.
O tratamento atual de informações sobre a Líbia e a Síria marca um ponto de viragem na história da propaganda de guerra na medida em que utiliza os novos meios de comunicação que tomaram a opinião pública internacional de surpresa.
Quatro potências, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e o Qatar, uniram seus meios técnicos para intoxicar a “comunidade internacional“. Eles são principalmente as cadeias de televisão CNN (propriedade privada que age em coordenação com a unidade de guerra psicológica do Pentágono), France24, BBC e Al Jazeera.
Estes meios são usados para atribuir falsamente aos governos da Líbia e da Síria crimes que não cometeram, e para encobrir os crimes cometidos pelos serviços secretos das potências acima mencionadas e pela OTAN.
Lembramo-nos do precedente em menor escala de 2002. A Globovisión transmitiu ao vivo as imagens de uma “revolução popular” expulsando o presidente eleito Hugo Chávez e as imagens de militantes chavistas atirando contra os manifestantes da oposição e matando-os. Esta encenação permitiu mascarar um golpe de estado militar orquestrado a partir de Washington com a ajuda de Madrid. No entanto, depois que um autêntico levante popular pôs fim ao golpe e restabeleceu o presidente eleito, as investigações jornalísticas e judiciárias demonstraram que a revolução filmada por Globovisión não era mais do que uma trucagem visual, e que jamais os chavistas atiraram contra a multidão, mas que eles foram ao contrário vítimas de franco-atiradores armados pela CIA.
É o mesmo hoje, mas com um consórcio de canais por satélite. Eles divulgam imagens de eventos inexistentes na Líbia e na Síria. Eles procuram fazer as pessoas acreditarem que a maioria dos líbios e sírios querem derrubar suas instituições políticas e que Muammar Gaddafi e Bashar al-Assad massacram seu próprio povo. Com base nestas intoxicações a OTAN atacou a Líbia e se prepara para destruir a Síria.
Mas, no dia seguinte do final da Segunda Guerra Mundial, a Assembléia Geral da ONU aprovou uma legislação para proibir e condenar esse tipo de prática.
A Resolução 110, de 3 de Novembro de 1947, relativa às “medidas a tomar contra a propaganda em favor de uma nova guerra e contra aqueles que a ela incitem“, sanciona “a propaganda de natureza a provocar ou encorajar toda ameaça à paz, ruptura da paz ou todo ato de agressão“.
A Resolução 381, de 17 de novembro de 1950, consolida essa condenação condenando a censura de informações contraditórias como parte integrante da propaganda contra a paz.
Finalmente, a Resolução 819, de 11 de dezembro de 1954, sobre “a remoção dos obstáculos ao livre intercâmbio de informações e idéias“, coloca a responsabilidade dos governos em remover os obstáculos que entravam a livre troca de informações e de idéias.
Ao fazê-lo, a Assembléia Geral elaborou a sua própria doutrina em matéria de liberdade de expressão: ela condenou as mentiras que conduzem à guerra e erigiu a livre circulação de informações e idéias e o debate crítico em armas a serviço da paz.
A palavra, e mais ainda a imagem, podem ser utilizadas para preparar os piores crimes. Neste caso, as intoxicações da CNN, France24, Al Jazeera e BBC se constituem em “crimes contra a paz“. Eles devem ser considerados como mais graves ainda do que os crimes de guerra e crimes contra a humanidade atualmente cometidos pela OTAN na Líbia e pelos serviços secretos ocidentais na Síria, porque os precedem e torna-os possíveis.
Os jornalistas que praticam a propaganda de guerra devem ser julgados pela Justiça Internacional.
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